domingo, 30 de março de 2014


Amar-se mais, respeitar-se a si mesmo, ter cuidado consigo mesmo, pensar em si mesmo… pode parecer uma maneira egoísta de se levar a vida, pois aprendemos que devemos pensar nos outros de maneira altruísta. Mas pensar em si mesmo não significa “pensar só em si mesmo.”No entanto, é impossível pensar em outros se não temos o mínimo de respeito e amor por nós mesmos. Se não sabemos como conduzir bem nossa própria vida, como podemos esperar ajudar outros nas suas necessidades, nas suas carências, nas suas esperanças? Se nos sentimos carentes, como ajudar outros a suprirem as próprias carências?Quando viajamos de avião, nos avisos de segurança eles dizem que em caso de pressurização para colocarmos primeiro a máscara em nós mesmos para depois colocarmos nas crianças. É uma coisa que faz muito sentido e na vida funciona da mesma maneira.Jesus disse para amarmos ao próximo como a nós mesmos. Uma pessoa que não se ama é incapaz de amar outra coisa ou alguém, pois o amor é algo que vem de dentro pra fora e não algo que procuramos captar do exterior.Amar-se, sem exagero, sem uma preocupação excessiva consigo mesmo é um bem que fazemos não só a nós mesmos, mas a todos aqueles que fazem parte do nosso círculo de amigos, colegas, conhecidos. Estar ao lado de alguém que está sempre reclamando da vida, dos outros, dos próprios problemas acaba nos tirando a vontade de estar perto dessa pessoa, pois necessitamos de coisas mais alegres que constantes lamentações.Então, pelo nosso bem, pelo bem de todos, devemos pensar um pouco mais em nós mesmos. Só podemos contaminar outras pessoas se estivermos nós mesmos contagiados com o vírus do positivismo e do bem-estar. Só podemos iluminar se a luz estiver dentro de nós, se formos portadores de coisas boas.Assim, vivamos para os outros, mas vivamos também por nós. Com moderação, com amor e dedicação. Tudo justo, na medida exata.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Como sentir a felicidade.

Nos fazemos felizes, quando acolhemos em nós os resultados positivos daquilo em que colocamos nossa esperança e nosso coração.
Mas, de uma forma igual, a infelicidade nos atinge, não necessariamente por que nos tem como meta, mas por que assim a recebemos.
Para percebermos essa realidade, é só prestarmos atenção às nossas reações ante atos e os verdadeiros desejos daqueles que provocaram.
Há pessoas que nos ferem voluntariamente, mas numa grande maioria das vezes, nos sentimos feridos, tristes e abatidos simplesmente por que reagimos a um fato, gesto feito ou não ou a uma palavra dita ou esquecida.
Nossa sensibilidade ou melhor dizendo, susceptibilidade, encobre nosso céu, mesmo se fora o sol brilha com toda a sua força.
O amor puro e incondicional, por que amor, deveria fechar os olhos após cada ato. Dar-se, doar-se por amor e por que assim deve ser e ponto final seria a sublimação do altruísmo na raça humana.
Portanto, falhos somos no nosso amor e daí nasce o sentimento de ingratidão que machuca tanto nosso peito.
Achamos que as pessoas são ingratas por que esperamos delas um reconhecimento pelo que fazemos. Nos sentimos miúdos, usados, desgastados, por que damos sem cessar do nosso eu, nosso tempo e o retorno nunca vem. E nessa ansiedade, nos tornamos infelizes e culpamos o outro.
Ora… o verdadeiro amor que Deus nos ensina não é uma questão de prestar serviço e aguardar o pagamento. Isso seria um contrato. O verdadeiro amor é dar-se e ter como recompensa o sentimento de ter-se dado e feito bem ao próximo. Nada mais que isso.
Amar incondicionalmente é amar de olhos fechados e coração escancarado. É atravessar uma ponte e derrubá-la atrás de si, sem esperar retorno. E se contentar dessa ação. Sentir-se recompensado simplesmente por ter dado algo de si.
Se alcançamos essa grandeza de alma e riqueza de espírito, o sentimento de insatisfação desaparece e atingimos o ápice do amor.

domingo, 24 de outubro de 2010

Crença


Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruesin
Elementos: Ar em movimento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.
Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.
Características dos filhos de Iansã / Oyá
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.